O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

segunda-feira, 15 de abril de 2013

MARCEL DUCHAMP


MARCEL DUCHAMP, artista conceptual e teórico, considerado «maître à penser», de toda uma série de escolas estéticas de vanguarda. Sucessivamente cubista, dadaísta e surrealista, deixou uma obra escassa e esotérica.
Considerava-se um anti-artista, em rutura com a escola tradicional. Era um filósofo, o sentido das ideias correspondia à expressão artística do homem – como origem da concepção da arte.
Sua obra que era vista por elitista por alguns, é democrata e popular. Duchamp demonstrou que todos somos criadores se o desejarmos e se soubermos renovar constantemente o «olhar» sobre o Mundo que nos rodeia.
A criação existe em todo o homem. O contributo da criatividade é um direito a que todo o homem deve ter acesso, mas deve ter sempre por objectivo o outro.
De Duchamp é muito conhecida a sua obra «Nu descendant l’escalier» (Uma análise cronofotográfica, mutação sucessiva e simultânea do movimento), mas principalmente os seus «ready-made» (criação ocasional em fuga do «acaso»), elevando um objecto comum à qualidade de arte e o mais conhecido é sem dúvida «La Fontaine», um urinol invertido e colocado num pedestal. É uma forma de contestar tudo que na arte é motivado por anos de formação tradicional.
Um outro interesse de Duchamp foi o erotismo, Rrose Sélavy, foi o nome que escolheu, numa pretensa mudança de sexo, para compreender a dualidade do homem e da mulher.
Duchamp com o seu sorriso quase diabólico, parecia dizer: «Atenção, as coisas sempre que apresentadas, não serão aquilo que se julga que sejam. Caberá a cada um a decisão de o determinar».
O fotógrafo Man Ray foi seu amigo de experiências!





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