O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

VIOLÊNCIA E VEEMÊNCIA, características na pintura de ARMANDA PASSOS, segundo o poeta VASCO GRAÇA MOURA


Estão a ser preparadas duas exposições de trabalhos de Armanda Passos:
RESERVAS (óleo sobre tela) a inaugurar em Setembro na Casa Andresen/Jardim Botânico
OBRA GRÁFICA DE ARMANDA PASSOS, a inaugurar em Outubro no Edifício da Reitoria da Universidade do Porto

ARMANDA PASSOS, nasceu em Peso da Régua em 1944, mas toda a sua vida decorreu no Porto, onde estudou no ESBAP (Escola Superior de Belas Artes do Porto) De realçar na Avª. Marechal Gomes da Costa a CASA ARMANDO PASSOS, encomenda da artista ao arquitecto Álvaro Siza Vieira.

Sobre Armanda Passos, há vários sites, entre eles o da UP: http://sigarra.up.pt/up/web_base.gera_pagina?P_pagina=1001189



«Ouvir o traço da sua mão é seguir uma fome do céu que quer ir para lá da tela. Como uma golfada de ar maior do que o peito. É a aprendizagem do imprevisível a lançar a percepção para conceitos como a abrangência e a plenitude. É o desassossego de um imaginário entre a candura e o monstruoso, o grotesco e o ameaçador, entre o mítico, o onírico e o real, que surpreende e congela os corpos em movimento, deixando-os em suspenso.» Ângela Santos
«Mais do que olhar somos olhados! Como se fossemos também nós outras crisálidas, elaborando por detrás da carapaça algo que nos recusamos mostrar, aquilo que sempre se retrai diante do mais insistente de todos os olhares: o da Pintura» José Saramago


«Desenho bem marcado nos seus contornos e na sua arquitectura, com cores que registam uma violência e uma veemência de matriz expressionista. Criatividade com acento pessoal e especificidade temática que a tornam inconfundível». Há uma zoologia larval na senda do bestiário fantástico de Bosch».Vasco Graça Moura
«Retoma o mito dos «Animais dos Espelhos», como no texto de Jorge Luís Borges, «El Livro de los Seres Imaginarios», para nos falar das histórias que chegam do outro lado do espelho e que, quem sabe, talvez ao fim e ao cabo não possuam significados precisos mas que, precisamente por isso, se nos tornaram indispensáveis».
«Constante fidelidade a uma disciplina artística, a pintura, a uma atitude estética, a figuração e a uma temática, a figura feminina»
Luís de Moura Sobral (Prof. de História de Arte na Universidade de Montreal e titular da Cátedra da Cultura Portuguesa)

«Privilegia a possibilidade de que as coisas existam sem nome, sem data e sem história como uma brecha de uma série cavalgante de explorações para um protagonismo de arquétipos visuais que a pintora maturou, segregou e deformou».
«Enigmáticas figuras que parecem pertencer a um outro mundo que se dispõe à margem do nosso, sem querer ser a sua metáfora»
Comissária da exposição Fabíola Valença


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