O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A SOLIDÃO DOS NÚMEROS PRIMOS – REALIZADOR SAVERIO COSTANZO

Este é um filme que eu aconselho a quem aprecie ver um filme com pessoas reconhecíveis e gostem de questionar a vida.

Alice e Mattia são como números primos: divisíveis apenas por um e por eles mesmos. Desde crianças, lidam com traumas que os tornam indivíduos singulares, isolados da sociedade. Alice quase perdeu uma perna, filha de um homem dominador, sofreu um grave acidente de esqui e entregou-se à anorexia e Mattia negligenciou a irmã gémea deficiente, recebendo em seguida a notícia da sua morte. Quando se encontram na adolescência, reconhecem-se na dor um do outro e desenvolvem um forte laço. Crescem e, apesar de levarem vidas paralelas, os seus destinos cruzam-se sempre.

O filme “A Solidão dos Números Primos” foi adaptado de um best-seller de Paolo Giordano pelo realizador Saverio Costanzo (“In memoria di me”). O filme que esteve em antestreia no Festival de Veneza 2010, é protagonizado por Alba Rohrwacher (“Io sono l’amore”) e Luca Marinelli.

Não sei o que se passa, mas gradualmente instalou-se uma infantilização da espécie! O cinema passou a ser maioritariamente de vampiros, lobisomens, dinossauros, zombies, super-heróis, extraterrestres, dragões, elfos, duendes, hobbits, ogres, sereias, feiticeiros, videntes, mentalistas, guerreiros azuis…e até mesmo de carros falantes, brinquedos falantes, cães falantes e qualquer trampa falante…parecem incapazes de processar outra coisa que não seja o irreal…e muita gente gosta disto, destes filmes de brincar! Não eu não gosto, irrita-me! As poucas vezes que fui, sai de lá com cara de estúpida e de imbecil, meia zonza!...

Filmes 3D, contam-se pelos dedos os que vi! Aqueles óculos enervam-me, inicialmente tiro e ponho, ponho e tiro, depois acaba por me apetecer vir embora, sinto-me cansada de ser enganada…vendo tudo aquilo a avançar sobre mim e a ficar com os olhos distorcidos! Eu sei que muitos gostam, mesmo pagando o bilhete mais caro e tendo que pagar os óculos! O cinema para mim não é uma ilusão, é de facto um reflexo da realidade! Mas quando cai por aí um filme que aborda a vida real, os seus problemas e dificuldades, trocando opiniões é sempre o mesmo: «o filme até é bom, mas é pesado, isso é o que nós temos, quero é distrair-me»!

Com imbecilidades?

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