O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

quarta-feira, 1 de junho de 2011

«A ÁRVORE DA VIDA»

Terence Malick é considerado um mestre de cinema, um realizador com talento e sensibilidade e só fez cinco filmes! É conhecido por deixar as suas imagens e silêncios transmitirem a mensagem que pretende passar, mas esta filosofia de realização foi aqui elevada a um expoente máximo e não foi nada consensual o prémio que ganhou no festival de Cannes, dividiu os críticos.





A história base é relativamente simples, baseando-se na vida de uma família com três filhos, em que os progenitores têm uma atitude bastante diferenciada perante a vida e os deveres da educação. O pai é rígido, a mãe uma sonhadora, que protege os seus filhos com amor. Tudo é questionado quando um dos filhos se torne um rebelde e morre!
O filme procura um significado mais além, com uma parte inicial de cerca de 30 minutos que é uma viagem espiritual ao princípio do mundo, reflexão sobre a criação, evolução e mesmo religião. Toda a sequência é de uma beleza e sensibilidade inegáveis, mas pela sua duração excessiva e a falta de um suporte narrativo por trás torna-se cansativa. O filme peca por querer ser mais do que devia. Perde-se, arrasta-se, na procura de um significado mais profundo e não segue uma linha de pensamento com uma direcção e um objectivo único.

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